Meu amo e senhor
Não sendo um caso insólito no nosso mundo, eis que o horror se torna banal!
Natascha Kampusch aos 10 anos e no auge da sua inocência é obrigada por Wolfgang Priklopil a entrar no seu carro, sobre ameaça vive dentro de um buraco escuro, obrigada a ser sua escrava, trata-o diariamente por “meu amo e senhor”.
Oito anos depois, após fuga de Natascha, Wolfgang ao ser descoberto comete suicídio.
Claro que o meu coração está com esta rapariga que não teve durante todos estes 8 anos direito a uma vida, mas incrivelmente ao fugir reclamou essa vida que 18 anos antes tinha iniciado com um forte choro!
Natascha Kampusch recusou-se a aceitar um destino imposto, uma vida que não era a dela, um sono sem sonho, mesmo sem pesadelos! (nem sei o que se poderá considerar um pesadelo para ela?)
Mas a minha racionalidade encontra-se com Wolfgang Priklopil, referido pelos seus vizinhos como calmo e educado, pois claro!
Este homem apodera-se de uma jovem que sabe ser: inocente, pura e imaculada em tudo o que ele poderia desejar, enquanto pode sugou como vampiro toda a identidade até ao mais ínfimo pormenor da personalidade de Natascha.
Sem ela, Wolfgang seria uma personagem oca, sem a capacidade de ser santo ou demónio, incapaz de se reconhecer num simples sentimento e esboçar a mais nobre das emoções.
Existe quem também viva dentro de um buraco negro muito parecido com o de Natascha, dominado, forçado, guiado, obrigado e despojada de qualquer acto que não seja o de respirar as espinhosas palavras “meu amo e senhor”.
Por detrás desta subjugação encontra-se sempre alguém que também é oco como Wolfgang, que vive do roubo de sentimentos, que exige ser o único mundo dos outros, que não soube criar a sua própria individualidade, aceitar o outro como alguém livre de viver e amar.
Para estes Natascha Kampusch indicou o caminho em que a alma arrasta o corpo e ambos encontram a liberdade, a vida e o amor partilhado, a escolha das palavras e gestos, a saudável partilha em qualquer relação que é aceitar o outro fora de nós!
Para trás fica o opressor, que sozinho terá de escolher entre ser anjo ou demónio, para nós ambas as escolhas serão ilusórias pois naquele buraco negro existirá só ele!
Um lugar tão grande para coisa nenhuma!
By: p-albuquerque
Natascha Kampusch aos 10 anos e no auge da sua inocência é obrigada por Wolfgang Priklopil a entrar no seu carro, sobre ameaça vive dentro de um buraco escuro, obrigada a ser sua escrava, trata-o diariamente por “meu amo e senhor”.
Oito anos depois, após fuga de Natascha, Wolfgang ao ser descoberto comete suicídio.
Claro que o meu coração está com esta rapariga que não teve durante todos estes 8 anos direito a uma vida, mas incrivelmente ao fugir reclamou essa vida que 18 anos antes tinha iniciado com um forte choro!
Natascha Kampusch recusou-se a aceitar um destino imposto, uma vida que não era a dela, um sono sem sonho, mesmo sem pesadelos! (nem sei o que se poderá considerar um pesadelo para ela?)
Mas a minha racionalidade encontra-se com Wolfgang Priklopil, referido pelos seus vizinhos como calmo e educado, pois claro!
Este homem apodera-se de uma jovem que sabe ser: inocente, pura e imaculada em tudo o que ele poderia desejar, enquanto pode sugou como vampiro toda a identidade até ao mais ínfimo pormenor da personalidade de Natascha.
Sem ela, Wolfgang seria uma personagem oca, sem a capacidade de ser santo ou demónio, incapaz de se reconhecer num simples sentimento e esboçar a mais nobre das emoções.
Existe quem também viva dentro de um buraco negro muito parecido com o de Natascha, dominado, forçado, guiado, obrigado e despojada de qualquer acto que não seja o de respirar as espinhosas palavras “meu amo e senhor”.
Por detrás desta subjugação encontra-se sempre alguém que também é oco como Wolfgang, que vive do roubo de sentimentos, que exige ser o único mundo dos outros, que não soube criar a sua própria individualidade, aceitar o outro como alguém livre de viver e amar.
Para estes Natascha Kampusch indicou o caminho em que a alma arrasta o corpo e ambos encontram a liberdade, a vida e o amor partilhado, a escolha das palavras e gestos, a saudável partilha em qualquer relação que é aceitar o outro fora de nós!
Para trás fica o opressor, que sozinho terá de escolher entre ser anjo ou demónio, para nós ambas as escolhas serão ilusórias pois naquele buraco negro existirá só ele!
Um lugar tão grande para coisa nenhuma!
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