p-albuquerque Psicologia: setembro 2006

Psicologia

A todos os amigos e visitantes da página www.p-albuquerque.pt, que queiram participar numa troca de informação, ou simplesmente se expressarem livremente! Mandem os vossos textos para info@p-albuquerque.pt. Desde já um obrigado e abraço para todos!

sábado, setembro 30, 2006

Crianças

A cada momento que passa em todo o mundo milhares de crianças são mortas deliberadamente, exploradas física e mentalmente, usadas como ferramentas de trabalho descartável, privadas de comida, educação, família e lar, bem como de qualquer futuro digno de quem nos orgulhamos de chamar “o melhor do mundo”.
Que bons exemplos lhes proporcionamos!
Que imagens do mundo lhe transmitimos?
Que possibilidades terão perante uma simples escolha entre o “sim” ou “não”?
Hoje um casal de lésbicas adoptou uma criança, este facto é notícia independentemente de o poder ser bizarro e incomodativo para uns, acto de coragem e emancipatório para outros mas de reflexão obrigatória no geral.
A resposta para todos é de que qualquer criança precisa de referências, estas estão muito para além do desempenho medíocre de papéis seja o de pai ou mãe.
Toda a sociedade é uma referência para as crianças, estas esperam que lhes sejam proporcionados ambientes dominados pelo amor, compreensão e justiça.
Não vale a pena as utilizarmos como arma a favor do preconceito e da incoerência.
Bem afortunada é a criança recebida nos braços de quem a ama, acolhe e estima, independentemente da idade, crença religiosa, condição financeira e orientação sexual.
Não nos esquecemos que “o melhor do mundo” hoje, será o “mundo melhor de amanhã

By: p-albuquerque

sábado, setembro 23, 2006

Fazemos a diferença

Nem sempre temos oportunidade de conhecer o indivíduo que está por detrás do presidente mais poderoso do mundo. Bill Clinton numa entrevista ao programa “60 minutos” da CBS, revelou um pouco dessa individualidade, fê-lo de uma forma interessante ao dizer que “no mundo de hoje é possível alguém dizer ou fazer o que lhe apetecer, mas o verdadeiro poder está na resposta do visado”.
Depois de o ouvirmos julgamos cumprir com esta ideologia desde sempre, mas não!
Todos temos mais que a tentação, direi mesmo a fatalidade de viver numa constante resposta ao que os outros dizem e fazem, tal transforma-nos em suas constantes vítimas, sem nos apercebermos somos marionetas que se debatem cegamente contra os fios.
Que tal termos a coragem de criar bem dentro da nossa identidade, espaço para um pensamento próprio, capaz de não só reagir ao exterior mas produzir esse exterior de dentro para fora. Assim saberemos com muito mais clarividência quem somos e o que produzimos.
Nós fazemos a diferença, sempre que a desejamos!

By: p-albuquerque

Palavra

Oliver Stone na apresentação do seu mais recente filme “World Trade Center” aborda a questão dizendo que os acontecimentos existem se houver alguém que fale deles.
E ele sabe do que está a falar, pois grande parte da sua obra baseia-se no falar e fazer falar usando a palavra da forma mais inteligente.
Mas, qualquer um de nós experimenta as palavras de Stone a todo o momento.
Estamos constantemente rodeados pela palavra, desejamos o outro pela palavra, e esperamos ouvir dele as suas palavras no suave encontro das nossas. Quando tal não acontece o diálogo mantém-se mesmo que só dentro de cada um onde continuamos a falar por nós e pelo outro.
Só conseguimos viver recordando, para tal falamos. Vivemos repetindo mais do que actos, palavras.
Como poderíamos distinguir os melhores dos piores momentos da nossa vida sem a emoção aplicada a cada palavra. Até o silêncio com os seus constantes gritos só pode ser descrito pela palavra.
Existimos e acontece-mos através de uma qualquer palavra. Mesmo na morte continuaremos a existir nas palavras de outros.
Para qualquer um de nós a simples existência vive dentro da palavra, ela vai permitir-me não só me individualizar afirmando-me no seu domínio mas também, distinguir acontecimentos que julgo merecerem mais, ou nenhumas palavras.

By: p-albuquerque

sexta-feira, setembro 15, 2006

Sopro

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (Porque não)
Porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor mero gozo
Sorvedouro caprichoso
No sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão
Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

Corto em dois limão
Chego o ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho
No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele
É bem isso
E apesar disso eriça a pele
O sopro do coração


By: Clã "O sopro do coração"

quarta-feira, setembro 06, 2006

Se ladram

Se ladram, é sinal que cavalgamos

By: Cervantes, in "Don Quixote"

Vertigo

Lights go down, it's dark
The jungle is your head
Can't rule your heart
A feeling so much stron-ger
Than a thought
Your eyes are wide
And though your soul
It can't be bought
Your mind can wander

Hello, hello
I'm at a place called Vertigo
It's everything I wish I didn't know
Except you give me something
I can feel, feel

The night is full of holes
As bullets rip the sky
Of ink with gold
They twinkle as the boys
Play rock and roll
They know that they can't dance
At least they know

I can't stand the beats
I'm asking for the check
The girl with crimson nails
Has Jesus around her neck
Swinging to the music
Swinging to the music

Hello, hello
I'm at a place called Vertigo
It's everything I wish I didn't know
But you give me something
I can feel, feel

All this, all of this can be yours
All of this, all of this can be yours
All this, all of this can be yours
Just give me what I want
And no one gets hurt

Hello, hello
We're at a place called Vertigo
Lights go down, and all I know
Is that you give me something
I can feel your love teaching me how
Your love is teaching me how
How to kneel, kneel

By: U2

Astronauta

Astronauta tá sentindo falta da Terra?
Que falta que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo continua em guerra
Olhando aí pra lua implorando por paz
Então me diz: por que que você quer voltar?
Você não tá feliz onde você está?
Observando tudo a distância
Vendo como a Terra é pequenininha
Como é grande a nossa ignorância
E como a nossa vida é mesquinha
A gente aqui no bagaço, morrendo de cansaço
De tanto lutar por algum espaço
E você, com todo esse espaço na mão
Querendo voltar aqui pro chão?!
Ah não, meu irmão... qual é a tua?
Que bicho te mordeu aí na lua?
Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu
Ah não, meu irmão... qual é a tua?
Que bicho te mordeu aí na lua?
Fica por aí que é o melhor que cê faz
A vida por aqui tá difícil demais
Aqui no mundo, o negócio tá feio
Tá todo mundo feito cego em tiroteio
Olhando pro alto, procurando a salvação
Ou pelo menos uma orientação
Você já tá perto de Deus, astronautaEntão, me promete
Que pergunta pra ele as respostas
De todas as perguntas e me manda pela internet

É tanto progresso que eu pareço criança
Essa vida de internauta me cansa
Astronauta, cê volta e me deixa dar uma volta na nave, passa a chave que eu tô de mudança
Seja bem-vindo, faça o favor
E toma conta do meu computador
Porque eu tô de mala pronta, tô de partida
E a passagem é só de ida
Tô preparado pra decolagem, vou seguir viagem, vou me desconectar
Porque eu já tô de saco cheio e não quero receber nenhum e-mail com notícia dessa merda de lugar

Eu vou pra longe, onde não exista gravidade
Pra me livrar do peso da responsabilidade
De viver nesse planeta doente
E ter que achar a cura da cabeça e do coração da gente
Chega de loucura, chega de tortura
Talvez aí no espaço eu ache alguma criatura inteligente
Aqui tem muita gente, mas eu só encontro solidão
Ódio, mentira, ambição
Estrela por aí é o que não falta, astronauta
A Terra é um planeta em extinção

By; Gabriel O Pensador/Lulu Santos, in "Nádegas a declarar"

Ir além

Tantas vezes pensamos ter chegado. Tantas vezes precisamos ir além

By: Fernando Pessoa

segunda-feira, setembro 04, 2006

Perder?

O resultado indica que perdi, mas não diz o que ganhei!

By: Andre Agassi