p-albuquerque Psicologia: agosto 2007

Psicologia

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sexta-feira, agosto 17, 2007

Miguel Torga

Adolfo Correia da Rocha
sem esperança nos letrados, (...) junto dos analfabetos encontro ainda o riso, a indignação, o espanto...
Nem sempre escrevi que sou intransigente, duro, capaz de uma lógica que toca a desumanidade. (...) Nem sempre admiti que estava irritado com este camarada e aquele amigo. (...) A desgraça é que não me deixam estar só, pensar só, sentir só.

Nascemos sós, vivemos sós e morremos sós

Mas o fruto humilhante da falência

Tem um azedo gosto que me excita (...)

Junquem de flores o chão do velho mundo: Vem o futuro aí!

By: Miguel Torga, in "O cântico do Homem"

Homem, patriota, peregrino de um mundo em mudança que ele sente mais que ninguém.
Fazendo parte dela sabe como ser responsável partilhando-a.
Demonstra que o seu trago amargo se torna na doçura do futuro.

Trás com ele a magia de escrever a realidade de um momento que só acaba na palavra.
By: p-albu

sábado, agosto 11, 2007

Madeleine

Não quero ser mais um a aproveitar-me da desgraça alheia, nem sequer dar opinião sobre assuntos que não domino.
Mas desde o primeiro momento que tenho esta menina no coração, pois o seu sofrimento leva-nos para além desta realidade vivida ao momento, baseada no boato, na mentira e na hipocrisia.
Madeleine chama-nos a atenção para toda a dimensão existencial de qualquer criança, e elas são mais de 130 milhões a cada ano.
Como pais e cuidadores ajudam e fomentam o crescimento e aprendizagens?
Como o estado as acolhe e cuida desde o seu nascimento, passando pelas instituições fiáveis tais como hospitais, maternidades, escolas, bem como apoios sociais?
Tribunais, policia e respectivos meios, como podem proteger e desvendar casos dos mais variados e possíveis crimes cometidos a crianças diariamente?
Que meios de comunicação social temos? Prontos a noticiar com rigor e sem especulação, sem esquecer a protecção da vítima, e claro sem deixarem de cumprir com a sua nobre função de informar e alertar.
A partir de Madeleine nada deve ficar igual, todos temos que repensar a nossa função e maneira de actuar perante as crianças e o seu futuro.
Seja na praia da luz ou em qualquer parte do mundo onde haja uma criança que não possa sorrir porque sofre!
Milhões de crianças vão continuar a partilhar um mundo onde adultos não estão preparados para as receber, aceitar e cuidar!
Todos temos algo a fazer, mesmo tu!

By: p-albu