Condenado à morte
Matar é negar o longo, penoso mas gratificante caminho da humanidade, é destruir o sacrifício de antepassados e comprometer o futuro das gerações vindouras. Assim terão de lutar com mais força e determinação durante mais tempo.
Um dia conseguirão compreender e nos libertar de tal impulso que alimenta necessidades obscuras, vontades hipócritas e desculpas nojentas de espíritos demasiado egoístas para perceberem que não se encontram sozinhos, nem na vida nem na morte!
Mas condenar à morte é alimentar o inferno com almas, usando para tal o nome de Deus, é alimentar o injustificável com a reles justificação da punição.
Afinal matar, ou punir com a morte a matança, é simplesmente um jogo de poder e não da razão.
A morte, tenha ela qualquer dos sentidos por nós justificados, será sempre a extrema limitação do déspota do injusto e do tirano! Negará sempre ao condenado a possibilidade de se exprimir exercendo humanidade.
A vida, ao contrário da morte é heterogenia, única, pessoal e intransmissível, nem sempre temos oportunidade, sabedoria ou capacidades para fazermos dela fonte de progresso. Mas pagarmos com a morte esta incapacidade é não reconhecer que vivemos uma vida e não pedaços dela.
Viver é assumir o passado comprometendo-nos com o futuro, mas também é o confronto diário com o desejo mal exercido e gozo ludibriado.
Exigir o cumprimento do compromisso chamado vida, será hoje e sempre o único caminho da justiça!
By: p-albuquerque
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